domingo, 11 de setembro de 2011

Por uma gramática melhor e mais fácil


A escrita de um país é a maior riqueza existente. A língua portuguesa é o nosso bem mais precioso e não podemos desvalorizá-lo, que é o que acontece quando permitimos que a gramática errada seja dada como certa. Um dos livros escolares aceito pelo MEC traz "formas" gramaticais errôneas que "devem" ser utilizadas em alguns casos para evitar o "constrangimento" de quem fala de tal modo.
Nossos valores passam a ser perdidos e a polêmica das normas cultas atinge não só o estudante, mas também, todo e qualquer cidadão brasileiro. Num ponto de vista um tanto quanto lógico, se quem fala "erado" passará a falar gramaticalmente correto, quem fala com o uso das normas cultas estará, na verdade, cometendo erros e mais erros. Não seria, aí então, mais um caso de constrangimento?
Pagar por uma educação, por um professore, por uma aula, para aprender a falar e  a escrever de um jeito que todos nós sabemos, não é só um desperdício de dinheiro, é se negar a cultivar o padrão da língua portuguesa e, talvez, até a própria língua em si por um motivo absurdo.
Não saber usar as palavras de forma correta não é vergonha quando se tem a oportunidade de aprender e as escolas estão aí para ensinar. O livro "por uma vida melhor" é a prova viva disso não é? Ou será que de acordo com a gramática de tal apostila deveria se falar "as prova viva"?
Quem de fato aprendeu os nomes da língua portuguesa ficará constrangido sim ao ver que quando falava errado, na verdade, "falava certo". Nenhum país vai em frente quando não existe uma regra, quando não existe uma padronização especialmente na língua oficial do mesmo. O livro "por uma vida melhor" deveria ser, talvez, "pro uma gramática melhor e mais fácil".

"A gramática, a mesma árida gramática, transforma-se em algo parecido a uma feitiçaria evocática; as palavras  ressuscitam revestidas de carne e osso, o substantivo, em sua majestade substancial, o adjetivo, roupa transparente que o veste e dá cor como um verniz, e o verbo, anjo do movimento que dá impulso à frase." (Charles Baudelaire)

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