“Estou
cansada dessa vida de mercadoria. Mulheres casam com quem paga mais, geram
filhos sem possuir amor nenhum por seus maridos, são traídas e nem ligam, traem
e nem ligam. Ninguém vive o amor, e muitos nem sabem o que é isso.
Sou
casada e tenho ódio de mim. Não tenho liberdade e mal tenho direitos. Possuo um
amor secreto com um rapaz que encontro na igreja. Troca de olhares, toque de
mãos, relações às escuras... Não sei até onde irá durar nossa paixão.
A sociedade nos vê como criminosos; mulheres devem obedecer
e homens mandar. Será que um dia toda essa tortura que vivemos no séc XII irá
acabar? Será possível que alguma moça terá coragem de lutar pelos nossos
direitos (nem existentes) e é possível que toda mulher possa vir a escolher com
quem casar e se vai casar ?
Espero
que alguém ouça meu pedido. Seja o dia que for, torço para que alguma mulher
guerreira e corajosa tenha meios para provar á sociedade o nosso direito de
amar quem quisermos.”
Muito
tempo depois, o amor entre as pessoas foi se tornando mais intenso e ninguém
mais controlava os casais apaixonados. As mulheres conquistaram tudo o que
queriam e se tornaram donas e “manipuladoras” quando o assunto é romantismo.
Hoje já passou do tempo onde falar de sexo era algo vergonhoso.
Cada um é livre para amar quem quer, casar com quem quiser e
se quiser, transar com quem quer e também se quiser. Não é pecado sentir prazer
no ato sexual e não é proibido apreciar o beijo de quem amamos. Somos livres
para amar, alcançamos o desejo de muitos que ficaram calados; vencemos
barreiras, ou melhor, o amor venceu barreiras.
"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal" (Friedrich Nietzsche)
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