Essa semana retorno ao trabalho, depois de 180 dias de licença maternidade somadas à alguns bons dias de férias que eu tinha acumulado justamente para utilizar agora.
Um dia antes do retorno, senti muito medo. Parecia o mesmo frio na barriga de quando comecei a trabalhar. A dúvida se daria conta, de como seria minha nova rotina agora tendo que dividir o trabalho em casa com a maternidade, treinando as pessoas que ficariam com o Yuri para eu trabalhar.. E o medo de, por estar focada no trabalho, não conseguir ter tempo para fazer os estímulos certos para o meu bebê se desenvolver da melhor forma.
Aí, então, eu tive o "pulo do gato". Eu entendi que eu não iria voltar a trabalhar. Eu iria começar a trabalhar (ou "re" começar).
Isso porque a Keitty de antes não vai voltar mais. Ela não existe mais. A Keitty agora é mãe, e como mãe pensa diferente, age diferente, tem outras prioridades, e tem uma gestão de tempo diferente. E isso me tranquilizou.
Estou encarando esse processo como uma redescoberta de rotina. Como se fosse a primeira vez que eu estivesse ali trabalhando. E isso me deu uma paz enorme porque, no fim, é isso o que está acontecendo. Não é um retorno, uma volta... as coisas mudaram. E se mudaram comigo, mudaram também onde eu trabalho.
Eu sou feliz demais como professora. Ouso dizer que, junto com a maternidade, é o que eu mais amo fazer na vida (junto mesmo, pau a pau ali na conta).
Por ora, espero que as coisas se acertem o quanto antes. Espero que o Yuri me ensine a ser uma melhor professora assim como a UFSC me ensine a ser uma melhor mãe nessa dupla jornada. Espero um bom (re)começo.
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